05 março, 2010

Luís Represas em Coimbra - "Como ontem, como sempre"!

Já sabiamos que o concerto de Luís Represas, no Teatro Académico Gil Vicente no dia 26, tinha sido um sucesso, mas aqui fica um registo cedido pela "Imagem do Som" (http://aimagemdosom2008.blogspot.com/) a quem agradecemos a simpatia e disponibilidade.

"Quase 10 da noite num Gil Vicente praticamente cheio. A luz já escassa da sala deu lentamente lugar a uma escuridão total.

Abriu-se a cortina e soltou-se o primeiro aplauso da noite, ao som dos primeiros acordes de "Fora do tempo". No centro do palco estava um Luís Represas sentado vestido de preto, elegante e único. Igual a ele mesmo. Como ontem, como sempre.
Assim começava a conquista de um público que, ainda não o sabendo, ia na hora e meia seguinte assistir a uma actuação de altíssimo nível. "Por mão própria", a seguir, abriu a porta do mais recente album de originais do cantor.
"Boa noite! Eu falo já convosco..." prometia Luís Represas.
Entrámos na "Hora do Lobo", antes de o artista se dirigir novamente ao público coimbrense, a quem revelou o quanto se sente em casa, no Gil Vicente. Introduziu a "Prece" e continuou a cantar e encantar.
Um "Zorro" belíssimo abriu caminho à apresentação dos músicos que constituem a actual banda de Luís Represas: Luís Fernando nas guitarras (o menos novo de todos, que acompanha Luís Represas há já alguns anos), Marcos Alves nas percussões e na bateria, Cícero Lee no baixo e Carlos Garcia nos teclados.
Vieram depois "E foi Dezembro", soberbamente recolorido e interpretado, e uma "Feiticeira" que teve direito (como na versão original) a interpretação em português e em castelhano. O público estava ao rubro, e não era caso para menos.
A uma lindissima e sentida interpretação de "Vôo da garça" seguiu-se o desejado "Colibri (pureza e desejo)", com Cícero Lee a dar a Marcos ALves uma mãozinha nas percussões - sempre bonito de se ver.
A elevada maturidade musical deste novo conjunto de músicos que acompanha Luís Represas tornara-se evidente. Nenhum deles falha uma nota, nenhum deles falha um tempo. E nem por isso deixou de haver emoção em cada trecho musical produzido. Que o diga Luís Represas de Carlos Garcia, quando este o guiou, bem como ao afinadíssimo coro que foi o público do Gil Vicente, ao longo de um "Perdidamente" que teve tanto de belo como de arrepiante.
"Bravo, Público!", disse ele aplaudindo, para acrescentar de seguida que "Vocês não imaginam o espectáculo que é ouvir-vos a cantar isto, sala após sala, noite após noite".
Foi a vez de "Desencontro", aqui sem Simone, e de "Da próxima vez", com o público a servir, novamente, de coro.
Luís Represas apresentou-se acompanhado por uma fortíssima constipação que, à semelhança da IMAGEM DO SOM", também não quis perder o espectáculo no Gil Vicente. A qualidade das interpretações não se ressentiu minimamente e Luís Represas mostrou porque é que goza do estatuto que goza no actual panorama musical português. Profissionalismo a rodos; nada o pára.
Veio a "Mariana" e levou-nos até "Sagres". Sempre em boa companhia.
Marcos Alves é um metrómono virtuoso e provou-o com o solo de bateria que antecedeu os agradecimentos de Luís Represas a toda a equipa técnica. O instrumento lá aguentou como pode... É impressionamte como se consegue tocar tão bem! E, sem se ter apercebido, o público estava a ouvir e a cantar "Foi como foi" que, como tudo o que é bom, passou a correr.
Cícero Lee arrasou nos solo de baixo com que introduziu "Entre mim e eu". E foi ao som dos acordes desta música que Luís Represas se despediu e deixou o palco, com toda a sala em pé a aplaudir efusivamente.
O público queria mais e pediu mais. E a banda regressou para mais.
Reabriu o espectáculo com "Chave dos Sonhos" e voltou a fechá-lo com um "125 Azul" pujante, onde Luís Fernando fez, no final, soar a sua tão característica distorção, mostrando assim que tudo se encaixa num universo musical tão diverso, tão completo e tão único como é o de Luís Represas. Que, desta vez, deixou o palco e já não voltou.
Foi tudo muito bonito e também como tudo o que é bom, soube a pouco. Como ontem, como sempre."

Para além de nos contar de uma forma tão vivida como foi este concerto, a IMAGEM DO SOM também entrevistou o Luís Represas, onde ele nos fala dos músicos que o acompanham, do formato dos concertos e das expectativas em relação aos que estão para vir, do DVD do Concerto do Campo Pequeno em 2009 que está para sair ainda este mês, da vontade de começar a trabalhar num novo disco para sair, talvez, para o ano. Mas podem ler toda a entrevista e ver o artigo acima transcrito, bem como mais fotos do concerto aqui http://aimagemdosom2008.blogspot.com/2009/11/luis-represas-ao-vivo-em-coimbra.html .

Agora, só nos resta esperar pelo próximo concerto!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E, pelos vistos, foi ESPECTACULAR!! GRANDE LUÍS!!!

05/03/10, 23:00  

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